O projeto Santar Vila Jardim surgiu em 2013 com o objetivo de preservar e valorizar o património material e imaterial da Casa dos Condes de Santar e Magalhães, respeitando o contexto histórico e cultural de Santar. Idealizado pela família Vasconcelos e Sousa, o projeto procura promover o usufruto do espaço por terceiros, ao mesmo tempo que integra a contribuição da comunidade local para o desenvolvimento social, cultural, ambiental e económico. Estabelece um compromisso com a sustentabilidade, com a integração da história e cultura local, em um modelo de preservação ativa acessível à comunidade e aos visitantes.
Na continuação desta ideia, a Casa dos Condes de Santar e Magalhães e Santar Vila Jardim congratulam-se com assinatura da Declaração de Mateus-Santar sobre o Património Privado Cultural e Natural em Portugal na Casa de Mateus, no passado dia 25 de novembro, durante o Seminário “Rumo a um National Trust Portugal”, realizado nos dias 24, 25 e 26 de setembro, na Casa de Mateus e na Casa dos Condes de Santar e Magalhães.
Os signatários da Declaração, destacaram a importância do património privado como um ativo cultural, económico e ambiental essencial para a identidade nacional. Sublinhou-se, ainda, a necessidade de esforços conjuntos para enfrentar as ameaças à sua conservação, desenvolvendo estratégias sustentáveis e adaptadas às especificidades de cada bem patrimonial.
O evento contou com a participação de representantes da INTO – International National Trusts Organisation, do National Trust UK, do FAI – Fondo Ambiente Italiano, e da Kultur Erbe Bayern.
Portugal possui um vasto património cultural e natural, tanto público como privado, que enfrenta desafios significativos de preservação. Embora o Estado desenvolva políticas de conservação, é fundamental que os proprietários privados adoptem modelos de gestão sustentáveis para garantir a proteção do legado do país, tanto em áreas rurais como urbanas, onde muitos bens estão em risco.
A Declaração de Mateus-Santar inclui um Apelo à Ação, dirigido a todas as partes interessadas – proprietários de património privado, entidades governamentais, organizações e comunidades – para que tomem medidas concretas em seis áreas prioritárias:
1. Comprometer-se com a preservação do património;
2. Reforçar a colaboração entre todas as partes envolvidas;
3. Inovar nos modelos de governação;
4. Promover o desenvolvimento sustentável;
5. Honrar e preservar a identidade nacional;
6. Mobilizar as comunidades para um esforço coletivo.
OS SIGNATÁRIOS
Teresa Albuquerque
Ana Paganini
José Luís Vasconcellos e Souza
Pedro Vasconcellos e Souza
Álvaro Teixeira de Queiróz
António Mello
António Lobo Xavier
António Mascarenhas
Bernhard Seidl
Catherine Leonard
Clara Pereira Coutinho
Cristina Castel-Branco
Dan Thorne
Fernando Guedes
Francisco Calheiros
Helena Mascarenhas
Henriqueta Sampaio da Nóvoa
Isabel Vasconcelos
Jaime Lavradio
Jorge Brito e Abreu
Justin Scully
Miguel Ayres de Campos
Miguel Esperança Pina
Teresa Andresen
Tomás Allen
Download da declaração aqui.